Em comemoração ao Mês Internacional da Internet Segura, a Câmara Municipal de Curvelo, ontem (09/02), com o intuito de melhor proteger os seus cidadãos, recebeu os especialistas em crimes cibernéticos, o Dr. André Pelli, Chefe do 14º Departamento de Polícia Civil em Curvelo/MG - Delegado Geral da PCMG - e o Analista de Redes da Dufibranet, Robson Mendes de Souza. Estiveram presentes: os alunos do Curso Técnico em Informática e Administração da Escola E.E. Irmã Raimunda Marques, do Senac, do ISA, do Adauto Lúcio Cardoso e do Instituto Mix, curvelanos interessados no tema, bem como outras autoridades da segurança pública.

Seria possível viver sem internet nos dias de hoje? O que é internet para vocês? Por que o Brasil sofre tantos golpes? Como se prevenir deles? Você sabe como funcionam os golpes? Essas foram algumas das perguntas feitas pelos palestrantes.

Segundo dados da Coordenadoria Estadual de Combate aos Crimes Cibernéticos - Coeciber - do Ministério Público de Minas Gerais - MPMG- apresentados neste mês de fevereiro, Minas Gerais registrou 128.869 crimes de estelionato cibernético em 2022. Desse quantitativo, 13% praticados no Instagram e 28% no WhatsApp, o que equivale à 36.006 de crimes praticados somente em aplicativo de mensagens.

Por sua vez, de acordo com estudos da companhia de cibersegurança Kaspersky, o Brasil é o país da América Latina que mais sofre com os ataques de malware e golpes. Segundo a pesquisa, entre os meses de janeiro a agosto de 2022, houve mais de 1,5 mil tentativas de ataque por minuto no país. Isso representa cerca de 65% das fraudes na região, ou seja, mais da metade dos golpes latino-americanos tinham o Brasil como alvo.

Por que um número tão elevado?

Segundo Robson, a internet é como uma gigante praça pública, com uma diversidade de pessoas, ela reflete o comportamento de toda a sociedade. O mundo digital não é bom ou mau, nem seguro ou perigoso por si só, pois tudo depende de como as pessoas se comportam no mundo virtual.

Dr. André afirmou que um dos fatores responsáveis por esse elevado número de golpes é a falta de maldade das pessoas, a ausência do uso de dispositivos que aumentem a segurança dos aparelhos, como o PIN, a confirmação em duas etapas do Whatsapp e por vezes a pressa em não verificar as informações. Além disso, citou que a prevenção é a melhor forma de evitar dor de cabeça, pois a polícia até que consegue rastrear os criminosos, mas dificilmente recupera os valores patrimoniais perdidos.

Os palestrantes aproveitaram a oportunidade para trazer vários exemplos de golpes (a falsa identidade, falsa central telefônica, falso suporte técnico, falso boleto, perfil falso, golpe do pix, golpe do falso investimento, golpe via SMS…) e se colocaram à disposição para tirar dúvidas.

Gostou? Então, confira a palestra na íntegra.

https://www.youtube.com/watch?v=SOqsxwOIOLU